As famílias impactadas com as obras da primeira etapa do Prosap, na bacia do Igarapé Ilha do Coco, já estão em seus novos lares, com condições dignas de moradia.

Felicidade define bem o atual momento da dona de casa, Sandra Maria Santana dos Santos, de 38 anos. Ela faz parte das centenas de famílias retiradas de áreas de risco e reassentadas no Residencial Vale do Sol II, conjunto habitacional construído pela Prefeitura de Parauapebas, por meio do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap).

Dotado de infraestrutura, o Residencial Vale do Sol II é o novo endereço de 249 famílias que viviam em locais impróprios para moradia, a exemplo das áreas conhecidas por Palafita, Riacho Doce e Rua 15 de Novembro, no bairro Rio Verde.

Sandra Maria lembra os tempos difíceis na antiga casa; com frequência o lugar era tomado por fortes cheias do rio Parauapebas. “Se comparada à vida que eu tinha antes, na Palafita, a minha história hoje, no Vale do Sol II, é muito melhor; a minha vida mudou completamente. Agora eu tenho energia elétrica e água regular na minha casa. Posso sair tranquila porque sei que a minha casa estará no mesmo lugar”, comenta.

Compartilhando do mesmo sentimento, Aurilene Delfina dos Santos, de 39 anos, garante que a mudança para o Vale do Sol II significou muito para ela, o esposo e as três filhas. “Nossa vida está 100% melhor. Estou feliz de estar aqui. Com a nossa condição, não conseguiríamos fazer uma casa como essa”, compara a moradora, acrescentando que viveu por quase 10 anos na área conhecida por Riacho Doce, próxima ao Rio Parauapebas.

“Eu sofri muito ali, no Riacho Doce. Lembro bem da enchente de 2017 que abalou a estrutura da casa onde a gente vivia. Só de pensar naquela situação, eu fico emocionada. Sofri muito com essas meninas naquele lugar”, lembra Aurilene, com os olhos marejados, sentada no sofá muito bem posicionado na sala da nova casa.

Prosap

Conforme a subcoordenadora de Ações Sociais do Prosap, Eulália Almeida, a mudança das famílias foi finalizada no mês passado, sendo que todas as etapas da pré-mudança foram desenvolvidas no segundo semestre de 2020. “Apesar da pandemia, conseguimos desenvolver um cronograma de atividades com as famílias, num processo colaborativo, resultando no reassentamento delas. Muito gratificante perceber essa mudança significativa na vida dessas pessoas”, afirma a assistente social.

O atendimento social para as famílias passou a ser oferecido no próprio residencial, com a implantação de um escritório no local. Equipe composta por profissionais capacitados presta atendimento qualificado às famílias.

“Agora, na pós-mudança, o nosso planejamento prevê o desenvolvimento de ações diversas que visam à melhoria da vida dessas pessoas, através de cursos de capacitação e profissionalização para o mercado de trabalho, dentre outras atividades para fortalecer o sentimento de pertencimento de todos com a nova área”, diz Eulália, reforçando que a dinâmica social segue a diretriz da política do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), agente financeiro do programa.

Texto e fotos: Jéssica Borges