Projeto teve início em setembro de 2023 e levou mais qualidade de vida para idosos do Residencial Vale do Sol e bairros próximos
Após quase dois anos, o Projeto Ipê Amarelo encerrou suas atividades, na última quinta-feira, 12 de junho, com um passeio ao BioParque Vale Amazônia, local onde os idosos tiveram contato direto com a nossa rica biodiversidade. Em clima de saudade e despedida, os 15 idosos participaram da visita guiada orientados por educadoras ambientais e, ao final, compartilharam de um delicioso lanche, momento também repleto de agradecimentos.
“O Projeto Ipê Amarelo foi criado, a partir da necessidade de incluirmos os nossos idosos em atividades específicas, já que todas as atividades existentes, no Centro Comunitário Vale do Sol, eram focadas para crianças, jovens e adultos”, explica Fátima Monteiro, entrevistadora social do Prosap e uma das idealizadoras do projeto, complementando que o principal foco era a inclusão e a responsabilidade social.
“Eles são pessoas ativas, necessárias dentro da nossa sociedade e precisamos incluí-las mais ainda. Encerramos nossas atividades com a certeza do dever cumprido, pois acolhemos e abraçamos cada um deles, dentro das nossas possibilidades, deixando para a cidade de Parauapebas, muitas sombras para o amanhã”, finaliza Fátima.
Ativa no projeto desde o seu início, a aposentada Dulcineia Cabral, de 63 anos, deixa o seu testemunho sobre a relevância dele para os idosos. “Foi muito importante não só para mim, mas para todos que participaram. Eu amei viver momentos com esse pessoal e com todos que se empenharam para que as atividades acontecessem, foi maravilhoso!”.
Para a assistente social do Prosap, Eliete Araújo, o projeto teve um impacto positivo na vida dos idosos, a partir do desenvolvimento de oficinas como fisioterapia e capoterapia. “Todo nosso trabalho era voltado para a melhoria de vida e de bem-estar com foco na saúde desse público da melhor idade. Então, todas as oficinas, as rodas de conversas e os passeios refletiam na saúde dessas pessoas”, explicou Eliete.
“Vimos muitos idosos com histórias de superação, sorrisos e a alegria de estarem, toda quinta-feira, ali no centro comunitário, reunidos com a equipe do Prosap que tanto fez por eles. Hoje, é um dia de gratidão porque sabemos que nós fizemos o trabalho certo, que evoluímos, que crescemos e estamos deixando um legado positivo na vida de cada um”, disse emocionada a assistente social.
Para a dona de casa, Zilma Aragão, de 59 anos, ficarão as boas lembranças dos momentos vividos no Ipê Amarelo. “Lembranças dos nossos trabalhos e das nossas atividades. Eu gostei demais e vai ficar muita saudade!”, disse Zilma encantada também com os animais do BioParque.
Ipê Amarelo
Desenvolvido, desde setembro de 2023, pela Prefeitura de Parauapebas, por meio do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), em parceria com o Instituto Maria de Lourdes, a Associação de Desenvolvimento Esportivo Educacional e Cultural de Artes de Parauapebas (Asdecap), o Instituto Mulheres que iluminam e o Recanto da Melhor Idade, o Projeto Ipê Amarelo teve como público-alvo idosos, com idade acima de 60 anos, residentes na comunidade Vale do Sol e proximidades, sempre trabalhando a inclusão social e a conscientização ambiental.
Além dos passeios externos, as atividades com os idosos contavam, ainda, com nutricionista e enfermeiros, além da capoterapia, prática que combina atividade física com música e canto.
Ao logo dos quase dois anos, o projeto realizou mais de 50 encontros, oito passeios e reciclou mais de 20 litros de óleo de cozinha usado. O plantio de mudas também foi uma das atividades desenvolvidas sendo plantados 60 exemplares do Ipê-amarelo, 15 do pau-preto e 10 pés do açaí, totalizando quase 100 árvores plantadas em Parauapebas.
Cras Vale do Sol
Agora, os idosos que participavam do Projeto Ipê Amarelo serão atendidos, diretamente, pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Vale do Sol, antigo Centro Comunitário.
O Cras Vale do Sol vai ofertar serviços essenciais como atendimento psicossocial, cadastro em programas sociais e atividades de fortalecimento de vínculos familiares, garantindo, assim, um acolhimento mais humanizado para quem mais precisa.
Texto: Nara Moura
Fotos: Chico Souza